Há poucos dias, o Spotify anunciou uma nova política de valores sobre sua marca contra "conduta odiosa", e como medida para execução disso, retiraram das suas playlists oficiais e ferramentas de promoção canções do R. Kelly, XXXTentacion, Tay-K e outros artistas que tinham seu nome envolvido em grandes escândalos negativos, embora mantivessem materiais deles na plataforma. A questão dividiu opiniões, e ela parece não ter sido tão bem aceita por uma comunidade de artistas.
Segundo novo reporte do Bloomberg, representantes de diversos músicos, incluindo do Kendrick Lamar, chamaram Daniel Ek, CEO da plataforma, para expressar sua frustração com isso. Eles também ameaçaram remover seus materiais da Spotify caso a companhia manter a política. Como resposta, o Spotify teria dito aos representantes desses artistas e executivos de gravadoras que irão retornar as músicas do XXXTentacion à suas playlists. Os principais executivos da plataforma estão conversando com a indústria da música e ativistas de direitos civis sobre como e quando ajustar suas regras de maneira adequada para ambos os lados.
"É praticamente impossível policiar milhões de músicas, letras, colaboradores e artistas", disse Vickie Nauman, consultora de mídia que trabalhou com o Spotify e gigantes da indústria fonográfica. A política de conduta tem sido especialmente impopular entre artistas do meio hip-hop, e executivos se perguntaram em particular a razão de apenas artistas negros serem afetados, enquanto muitos músicos brancos com histórico de violência não enfrentarem problema.
"Uau. Eles estão censurando a música? Isso é perigoso ", disse Punch, presidente da Top Dawg Entertainment, no Twitter. Com uma grande concorrência crescente nesse mercado, manter essa conduta pode acabar sendo uma decisão arriscada para os negócios do Spotify.